quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Coisas que deixei para trás!



Tinha por lema não me arrepender do que fiz, mas, um dia, chega a hora de repensar a história da vida.
Para mim, esse dia chegou!

Deixe muita coisa para trás!
Deixei de me aventurar, deixei de impor minha opinião, deixei de expor meus pensamentos.
Deixei viagens para dias melhores, e esses dias não chegaram.
Deixei de dar "cantadas" esperando melhor oportunidade, e nunca mais, sequer, reencontrei a mesma pessoa.
Deixei de ir a encontros,
Deixei de escalar montanhas, para em outro dia retornar.
Deixei de brigar por minhas filhas, acreditando que um dia elas saberiam a verdade.
Deixei amigos sem um "até logo!" e sem alimentar a amizade.
Deixei familiares sem um "eu te amo!"...
Deixei de por uma mochila nas costas e seguir uma trilha!

Não estou, neste momento, reclamando das escolhas que fiz, estou sim, questionando as escolhas que não fiz!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Café da manhã imaginário


Sorocaba , SP, 01 de outubro de 2008
Praça dos Tropeiros

Chego perto do local aonde farei uma entrevista de trabalho, que está marcada para as 9:30h.
Vim de carona para não ficar suado.
Pássaros cantam e um beija-flôr extrai seu néctar de uma árvore próxima de mim.
A praça foi revitalizada, ganhando um pavilhão (se esse é o nome certo) de bandeiras em que deveriam figurar a do Brasil, ladeada pela de São Paulo e do Município, mas, a do Brasil já foi subtraída.
Sabiá laranjeira, caminha na grama a menos de dois metros de mim. Taturanas caminham apressadas, cruzando a passarela.
Esta praça, por estar entre uma Santa Casa, e uma rua principal (esta inclusive com um ponto de ônibus), tem um bom movimento de pessoas, mas, não chega a ser intenso.
Aproximam-se de mim, dois pombos malhados, comendo com avidez. Se não fossem nossos "ratos" com asas, até seria bonita a cena dos dois pombos.
Hummmm que delícia!!!!! Paro de pensar imediatamente nos pombos.
O vento traz o aroma de café sendo torrado.
Está certo que o aroma entrega que tem milho sendo torrado junto, mas o que predomina é o café.
Aproveito para tomar um café da manhã, imaginário, acompanhado de muitas guloseimas, bolos caseiros, enfim, um típico café da manhã mineiro.
O tempo caminha lento, quando se está ansioso!
Na praça a estátua de um tropeiro em seu cavalo avista parte da cidade.
Se esse tropeiro pudesse pensar, agora... O que estaria pensando?
Estaria ele admirado com o "progresso" da cidade?
Assustado com o corre corre de automóveis?
Triste pelo horizonte acinzentado de nossas poluições?
Distraido com estes pensamentos, não percebo quando um senhor, cai sozinho da moto, lá na esquina. Não estava andando rápido, mas mesmo assim o estrago na moto foi grande. Alguns arranhões pelo corpo que doem tanto pelos ferimentos, quanto pela revolta de ter caído de bobeira.
Ele levanta e arrasta a moto para um canto, mexe nela com aquele olhar incrédulo: - Como foi acontecer isso comigo?
O estrago é grande para uma moto de um dono que parece não ter como pagar pelo estrago. Perdeu o farol e os retrovisores.
Recebe a ajuda de dois outros senhores que tentam por a moto para funcionar.
Depois de algumas tentativas, o senhor veste o capacete, dá a partida na moto e consegue por a moto em marcha para seu destino.
Vai chegando a hora de eu me levantar e, também, seguir o meu destino até a entrevista.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Nova praça, novo som





Sorocaba - SP, 29 de setembro de 2008.
Praça Shakar Hanaguev

Praça aonde nunca havia sentado antes e que fica muito próximo de onde moro.
Como estava caminhando do centro da cidade para casa, decidi parar.
Grata surpresa!
Em um dos bancos da praça, um jovem negro, toca seu violão.
Um violão, negro e simples.
Em seu rosto muita esperança e alegria.
Ele ensaia e seus dedilhados só são abafados pelo gralhar de um bando de periquitos.
Olho para o céu a procura deles, mas, estão nos coqueiros fora da praça e não os encontro.
Avisto sim, uma linda garça, fazendo seu vôo "de cruzeiro", suave, bem no alto.
São 17:13h e o sol para nós, começa a se esconder atrás de um morro com seus sobrados.
Estou em uma região de muito verde e entre o que restou de dois antigos rios.
Quando estava caminhando para cá, pensava em escrever sobre meus fracassos e minhas tristezas, mas, pode haver tristeza em um lugar como este?
O jovem, continua o ensaio, mais alto, mais intenso, mais confiante.
E ele inventa suas próprias canções!
Aos poucos noto que ele já é conhecido por algumas pessoas que passam em seus carros, e acenam ou buzinam para ele.
A sensação de cidade grande e fria, que sentia enquanto caminhava, passou e em seu lugar ficou o sabor de uma cidade pequena, acolhedora e quente.
Música ambiente, vento gostoso, muita natureza por perto.
Será que este não é o paraíso?
Tudo aqui me convida a dormir na praça e contar estrelas pela madrugada!

domingo, 31 de agosto de 2008

Personalidade "Darth Vader"


Essa minha cara! Háháhá!

Ou pareço um garçon, atendente de loja, manobrista ou um Darth Vader.
Não há meio termo, ou me torno simpático e acessível, o que encoraja as pessoas à fazerem as mais diferentes solicitações, ou fecho a cara e distancio as pessoas.

Uso muito essas mudanças de expressão, por necessidade profissional.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

A última de “Praças, bêbados e outras histórias em Sorocaba”


Terça feira 19/08/2008 – Sorocaba – Praça Márcia Mendes

Sentado, comendo um pacote de 50gr de batata frita e tomando uma lata de refrigerante (meu almoço nos últimos tempos), começo a refletir sobre minha vida.Penso, nos quase 40 anos que tenho e nos 12 anos que tento ser alguém, fora da cidade aonde cresci.

Vejo que Sorocaba, no final das contas, foi muito acolhedora. Fiz bons amigos, colegas e conheci muita gente.
O clima é agradável e tem paisagens belíssimas, como a própria nascente de água que brota nesta praça.
Ao meio dia, vejo um senhor em sua rotineira voltas de bicicleta ao redor da praça, percebo que ele apresenta uma aparência bem mais saudável do que eu.
Em outro canto um rapaz, com mochila cheia de roupas. Vestindo j
eans, camiseta e chinelos, descansa à sombra de frondosas árvores.

Jovens vindo da escola, param no gramado, para curtir a juventude. Riem gostoso. Um riso que só existe nos momentos em que as pessoas ainda têm muita alegria e pequenas gotas de malícia.

Em minha mente vêm frases como “Há que saudades que tenho da aurora da minha vida...” e dá uma vontade de cantar “Pra minha mãezinha, já telegrafei..."

Não é nesta madrugada que estarei de partida, mas, sinto que meus tempos em Sorocaba já chegam ao fim.

É momento de me render, de voltar para junto dos meus familiares... de procurar socorro e abrigo.

Para os que ficam... deixo meu sorriso e profundo desejo de que sejam felizes.
Saibam que, estão indo junto comigo... em meu coração!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Crise dos 40



Estava eu pensando sobre o tema...
Crise dos 40, será que é inevitável?
Ou pode ser postergada, para só ter ela láááá pelos 100 anos?
Eu achava que não ia passar por tal momento delicado. KKKK!
Mas sem perceber, eu já estava temendo por esta data!
Notei que quando fiz 39, instalei em meu notebook um contador regressivo para meu aniversário de 40 anos. Graças a ele, sei, nesse momento, que me restam 74D 22H 17M 10S para meu aniversário.
Decidi então, tentar descobrir de que modo eu seria afetado pela crise dos 40. Pensa daqui, pensa de lá! Coça cabeça!!!! e...
Vou anotando:
Estou com 40kg acima do peso ideal.
Tenho só 40% da força que tinha.
Reservo R$ 40,00 para despesas pessoas, depois de pagar as contas.


...

E gastei 40 minutos para escrever este texto!

sábado, 16 de agosto de 2008

Quadros, gravuras e desenhos



Já falei um pouco sobre meu gosto pela pintura e hoje, falarei sobre o inicio. Dos tempos em que fazia apenas desenhos e gravuras.
Desde garoto, olhava atentamente as gravuras da enciclopédia "Trópico", fascinado pelo grau de realismo delas e isso, somado a influência de meu pai (excelente caricaturista) e tios e tias, todos com dons artísticos, me levou a ter interesse pelas artes plásticas.
Não tenho a habilidade de um artista plástico, mas tenho a paixão pelas artes e, assim, me arriscava a desenhar.
Desenhava com o que estivesse à mão... como pode ser notado nos albúns de fotos "Gravuras" e "Quadros" que publiquei na internet e, assim, tenho desenhos com canetas esferográficas, hidrocores, nanquim, grafite, lápis colorido, guache etc... e quadros com tinta a óleo, acrícilica, pastel...
O suporte também, éra o que estivesse disponível, pintando e desenhando em papel usado ou novo, cartolina, embalagens de produtos, pergaminhos, capas de cadernos entre outros. Cheguei a desmontar capas de catalogos, para usar as cartolinas de dentro como suporte e até desmontei parte de um guarda roupa que tinha, pra pintar sobre uma placa de madeira (excelente trabalho, diga-se de passagem).
As gravuras e desenhos em sua maioria estão comigo ou se perderam com o tempo, já os quadros, como informei em outro "post", estão com amigos, familiares e conhecidos e deles, boa parte, só tenho lembranças.
Nos links estão algumas imagens das "obras" héhéhé!
Divirtam-se, desfrutando das imagens ou mesmo, achando os erros!

sábado, 29 de março de 2008

Qual a profundidade do buraco?



Qual é a profundidade de um buraco, necessária para enterrar a vida de uma pessoa?

Para alguns, um buraquinho pequeno, parece um poço sem fim!
Para outros, um buraco estreito já prende e sufoca.
Tem quem se perde em buraco largo e não consegue encontrar as bordas pra tentar subir.
Alguns buracos desmoronam um pouco com o bater dos braços e pernas da pessoa e chega até a ficar mais raso... por algum tempo....depois...o efeito é o contrário.. com os movimentos desordenados a pessoa acaba soterrada.
O meu, do ângulo que olho, parece ser profundo... largo e comprido...
As vezes vejo uma luz... lá em cima.. lá aonde parece ser a borda, mas, não consigo alcançá-la.
Me movo para os lados e não encontro borda...sigo em frente e não encontro o limite do buraco.
O curioso é que ele parece ter a medida exata de minha altura... como se tivesse sido cavado por alguém que conhece minha altura e minhas limitações.
Parece ter sido escavado meticulosamente,ao longo de anos, por alguém que me conhece profundamente.
Se houvesse um espelho e uma gota de luz...eu descobriria que sou eu o autor.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

You know my name

Quem eu sou?
Márcio Richarde Eiras
Não me conhece? ... éééh eu sei!!
Vou tentar facilitar.
Richarde - filho da Clarice, para meus parentes maternos.
Richarde - filho do Josué de Araraquara, para os meus parentes paternos.
Richard, para os ex-colegas de trabalho e clientes da Casabranca Imóveis.
Márcio - marido da Mônica, para os amigos de Sorocaba.
E assim vai, sempre rotulado, sempre referênciado e nunca reconhecido pelo próprio nome.
Poxa! Já estava me esquecendo de que uma vez, alguém disse que me conhecia.
(Obá!!! pensei eu!) a pessoa tinha certeza disso e insistiu por um bom tempo em dizer que eu éra o Marcinho Eiras... o músico do Faustão!

Todos os dias são sábados!

Capítulo 1

Todos os dias são sábado!

Talvez por ter nascido em um sábado, este é um dia que sempre representou para mim um dia de fim de um ciclo e inicio de um novo ciclo.
Só que agora, me dá a sensação de que todos os dias são um eterno fim e inicio de ciclo, sem continuidade. Parece que nado, nado, nado e não saio do lugar.
Os projetos não vão pra frente... o desanimo ataca e as coisas são largadas para trás.
Estou aqui na varanda do apartamento, em um fim de tarde, fumando um charuto que ganhei em uma festa da empresa na qual, não mais trabalho, tomando um whisky comprado para receber os amigos do Rotary do qual nem mais faço parte.
Estou tentando achar algo para comemorar... celebrar a vida? Sim! Mas o que mais?
Se fosse uma comemoração para os outros, poderia comemorar a venda da moto, poís, certamente é uma comemoração para minha mãe...somente para ela!
Fico tentando achar um "maravilhoso" jeito de ficar rico, sem muito esforço! Hahahaha!
Planos mirabolantes já criei.
Cheguei até a acreditar que tinha uma vóz boa para cantar. Isso durou até eu ter coragem de gravar minha própria vóz, cantando! Desastrosamente! Desafinadamente! Assustadoramente!
Nesse momento me dá um "cinco minuto de bobeira" e começo a analisar o charuto.
Começo a falar em vóz alta, sobre suas qualidades, seu aroma, sua fumaça e suas cinzas.
E constato que devo ser o desempregado mais esnobe que existe... devendo pra Deus, com toda certeza, e para o mundo, mais ainda, estou aqui fumando um charutinho e bebendo whisky, com cara de nobre e bolso de pobre.
Qual o lado positivo de tudo isso?
A cinco anos e meio morando nesse apartamento, só pude curtir agora que estou desempregado, essa varanda, onde estou, sentado, curtindo o por do sol, vendo o anoitecer chegando, olhando a paisagem, percebendo como a vida é bela.
O céu está bonito, já é noite, mas, a luz do sol reflete em nuvens altas.
Daqui vejo quatro aviões no céu...pontos brilhantes, piscando, fujindo da nuvem central de chuva... uma bonita imagem!
E eu, como sempre, preocupado se eles vão conseguir fujir da tempestade que se forma!

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Quadros

Eu tenho o hábito de pintar.
É um hobby delicioso e saudável, que me faz esquecer dos problemas do dia a dia e, me acalma.
Não sou um grande pintor, direi mais, poís não me considero um pintor, sequer mediano, mas...
Vários desses trabalhos eu presenteei amigos e familiares.
Hoje não tenho registros dessas obras, exceto por uma simples relação de títulos.
Quem estiver de posse de algumas dessas obras e puder fazer a gentileza de fotografar o quadro e enviar para mim uma cópia, me deixará muito feliz!
e-mail marcio.r.eiras@gmail.com

Quem estiver interessado em ver os quadros que já estão com fotos, pode acessar meu álbum em Albúm de quadros
 
Relação de quadros em fotos: